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Дата випуску: 10.09.2001
Вікові обмеження: 18+
Мова пісні: Португальська
Evolução |
Passou meio milénio e o homem branco |
O autor de tantas grandezas e misérias |
De estragos e proezas |
Não começou ainda a reparar |
Nem moral, nem economicamente |
A imensa ruptura que provocou |
Com os seus propósitos interiores |
Terras empobrecidas |
Rastos de cinzas |
Povos arrancados dos seus lugares de origem |
Foram alguns dos acontecimentos dramáticos |
Que devem pesar na consciência daqueles |
Que ainda não distinguem o bem e o mal |
E governam os destinos de toda a humanidade |
Sejam bem-vindos ao universo da pobreza e do contraste |
Bandeira a meia haste, pelas vitimas do desastre |
Social, cultural, político e económico |
Enquanto uns continuam a acreditar |
Num discurso que eu acho cómico |
O homem é atómico, supersónico |
Mas continuam humanos a morrer |
Com doenças que têm cura |
Já há mais de dez anos |
Antes havia escravatura |
Agora há exploração |
Antes havia ditadura |
Agora há corrupção! |
Apaga a televisão |
Dá uma volta pela cidade |
Agora volta a acendê-la |
Diz se o que eu falo não é verdade |
O homem realiza o sonho |
Mas o sonho não realiza o homem |
Nessas lutas pelo poder |
Que muitos outros morrem |
A ganância é de quem tem |
Mas quem ainda não lhe chega |
Precisa do que é dos outros |
E quando vê, pega |
Que morra quem morrer |
Até ao último juízo |
Sofra quem sofrer |
Chorem as mães que forem preciso |
Essa é a filosofia |
De quem nós dependemos |
São eles que nos compram a alma |
Quando ao diabo a vendemos |
O homem tenta chegar a Marte |
Enquanto destrói a Terra |
Mas quando lá chegar |
Também lá haverá guerra |
Vivemos numa era |
Mais metade dos seres humanos |
Vivem em plena miséria |
O veneno sai das artérias |
Espalhando-se na atmosfera |
Conflitos rebentam |
Em todos os pontos da esfera |
Religiosos, políticos |
Mas no fundo, monetários |
O dinheiro comprou o mundo |
Venceu todos os revolucionários |
Passado, futuro e presente |
É a evolução da mente |
Não acredites só naquilo |
Que te põem à frente! |
Multidões em desespero |
Pelos direitos fundamentais |
Só quando a verdade for dita |
Seremos todos iguais! (x2) |
É amnésia, só pode ser |
Que fez esquecer o passado |
Onde homens foram massacrados |
Arrastados como animais |
Feras, retirados de suas terras |
Submetidos a guerras mentais |
Desviados dos seus caminhos vitais |
Tudo pela sede de poder |
Que leva um ser a dominar, violar, castigar |
Outro semelhante |
Imperialismo constante dum povo |
Que matou a semente de identidade |
De milhões de humanos |
Africanos |
Vossa fonte de riqueza |
Ao longo dos anos |
Tudo para alargar fronteiras |
Tornar verdadeira a hegemonia |
Mas o dia, aqui, é noite! |
No coração daquele que caiu mutilado |
Do que se esvaiu ensanguentado |
Do que nesta batalha, foi derrotado! |
É renegado, o nível inferior |
Aquele que sentiu a verdadeira dor |
Agora suporta o pudor |
Dos que pedem rigor |
Dos que esquematizam pela cor |
Impingindo normas, formas de estar |
E de se comportar |
Quem és tu que mandas, desmandas |
É que tresandas! |
Esse sítio onde andas |
Está contaminado |
É o lado esquerdo do peito |
Que tens fechado! |
Ninguém me obriga |
Não peço que ninguém me siga |
Ninguém liga e desliga o botão da vida! |
Não há saída, pois entrada não existe |
Cidadão do mundo és, sempre serás! |
Era dispensável estarmos constantemente |
A pedir paz, paz! |
Passado, futuro e presente |
É a evolução da mente |
Não acredites só naquilo |
Que te põem à frente! |
Multidões em desespero |
Pelos direitos fundamentais |
Só quando a verdade for dita |
Seremos todos iguais! |
Esmago, estrago, e conquisto |
A verdade escondo e despisto |
Dos que procuram saber mais |
Desviar as informações, ya |
Dos meus ancestrais |
Até chegar ao dia de hoje |
De tudo o que aconteceu, foge |
Da nossa vista! |
Mas agora só sobressai aquele que |
Da realidade não desista! |
Em pequeno disseram-me |
Que ia ter orgulho na minha pátria |
Que colonizou o mundo, América, Ásia e África |
Conquistas e descobertas |
Em nome da nação |
Mas sei quem 'tá do outro lado |
Partilha da mesma opinião |
O que para uns foram heróis |
Para outros foram assassinos |
E de cada prédio que se constrói |
Trabalhadores clandestinos |
A comida que não chega a mesa |
A mãe que não come para dar aos meninos |
Ainda deixam com vergonha |
De cantar o meu próprio hino |
Heróis do mar nobre o povo |
Que a história seja alterada |
E que nada se repita de novo! |