| Enquanto sua boca me insulta, sua mão me afaga
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| Enquanto sua pele me adere, seu corpo me fere, tal qual uma adaga
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| Enquanto seu colo me acalma, seu sonho me prende, sua alma me lava
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| E quando suas ondas me afogam, seu beijo me salva
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| E quando eu estou na sua teia, você me ataca
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| Seus olhos me engolem como fosse um mar de ressaca
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| E quando eu sou folha vazia, você é um poema
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| Derrama em mim a poesia e me faz seu dilema
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| E quando você me pega, eu adoro
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| E quando você me nega, eu imploro
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| Pra voltar pra minha vida
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| Você nua é uma rua sem saída
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| E eu me perco e não quero me encontrar
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| E eu me perco e não quero me encontrar
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| Enquanto sua mão me sufoca, sua boca me traga
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| Enquanto seu corpo me toca, sua alma me larga
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| E quando seu seio me afoga, meu sonho te leva, você me segura
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| E quando seu beijo me mata, seu colo me cura
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| E quando eu sou sua ceia, você me profana
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| Seus olhos me acalmam como fosse fim de semana
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| E quando eu sou meio dia, você é meu sol
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| Me aquece, me enfeita e me guia que nem um farol
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| E quando você me pega, eu adoro
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| E quando você me nega, eu imploro
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| Pra voltar pra minha vida
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| Você nua é uma rua sem saída
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| Eu me perco e não quero me encontrar
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| Eu me perco e não quero me encontrar |