Інформація про пісню На цій сторінці ви можете ознайомитися з текстом пісні Pedagoginga, виконавця - Thiago Elniño
Дата випуску: 31.01.2017
Вікові обмеження: 18+
Мова пісні: Португальська
Pedagoginga |
Orumila jogou os búzios pra ver |
Que futuro ia ter a ave que enfrentou o Oxossi |
Índio guerreiro que era justo, que era forte |
Que pra defender o povo tinha apenas uma flecha em sua posse |
E que mostrou que o impossível não era improvável |
E o que não era tranquilo se fez favorável |
E uma hora cês vão ver o inevitável |
Nossa fé é imensurável e transforma dor em motivação |
Pra superação, tanta humilhação |
Atravessar o oceano para trampar na sua plantação |
Café, algodão, cana, escravidão |
Alforriaram o nosso corpo, mas deixaram as mentes na prisão |
Não! Abre logo a porra do cofre |
Não tô falando de dinheiro, eu falo de conhecimento |
Eu não quero mais estudar na sua escola |
Que não conta a minha história, na verdade me mata por dentro |
Me alimento da sabedoria de entidades de terreiro |
Sou guerreiro da falange de Ogum, zum zum zum |
Capoeira mata um, mata mil |
Pedagoginga na troca de informação |
Papo de visão, nossa construção |
Passa por saber quem somos e também quem eles são |
Não entrar em conflitos que não tragam solução |
Evitar a fadiga, não dar um passo em vão |
Quando todo campo de conhecimento é válido |
Só tem que o homem pálido |
Nos vende que somente o seu que serve |
Levanta-se a voz daquele que se atreve |
A expor seu desconforto mesmo que o sistema não releve |
Não é leve não, mano, pesado pique um fardo |
Eu tenho amigos no outro lado, são exceções que eu tenho amor |
Mas se tem coisa que a escola não me ensinou |
É que o amor é indispensável em qualquer lugar que for |
Minha percepção de mundo diz que nós |
Mesmo não vendo nada em volta, nunca estamos sós |
Faço minha oração, peço força pro meu guia |
E que ele não me abandone nas lutas do dia a dia |
Mano, vou te falar ein, ô lugar que eu odiava |
Eu não entendia porra nenhuma do que a professora me falava |
Ela explicava, explicava, querendo que eu |
Criasse um interesse num mundo que não tinha nada haver com o meu |
Não sei se a escola aliena mais do que informa |
Te revolta ou te conforma com as merdas que o mundo tá |
Nem todo livro, irmão, foi feito pra livrar |
Depende da história contada e também de quem vai contar |
Pra mim contaram que o preto não tem vez |
E o que que o Hip-Hop fez? Veio e me disse o contrário |
A escola sempre reforçou que eu era feio |
O Hip-Hop veio e disse: «Tu é bonito pra caralho» |
O Hip-Hop me falou de autonomia |
Autonomia que a escola nunca me deu |
A escola me ensinou a escolher caminhos |
Dentro do quadradinho que ela mesmo me prendeu |
Nasceu vencendo o Apartheid no ventre |
Vive quem sempre sabe olhar pra frente, certo? |
Livre com toda vez áspera, conta meses a esperar |
Pra respirar, mais um nessa diáspora |
Com três ouvia pólvora, com quatro o pai não mais verá |
Cinco primo preso, qual perspectiva haverá? |
A nove do plantão disparará, opera lá |
Mas pensa, menor de dez o juiz absolverá |
Se envolver, era pra coroa não piorar, Deus escutará no rádio (Será?) |
Na escola não ensinaram a orar, mas aprendeu a contar |
E ponta é fácil, seiscentos por semana |
Piscou tem treze agora |
Vai comprar até kit novo e comemorar |
Mas o silêncio na ilha diz o que se repetirá |
Pra tua mérito-fazenda, meu verso-fagulha |
Por que tinha só dezesseis, tem 5−8-4 na agulha |
Minha percepção de mundo diz que nós |
Mesmo não vendo nada em volta, nunca estamos sós |
Faço minha oração, peço força pro meu guia |
E que ele não me abandone nas lutas do dia a dia |
Minha percepção de mundo diz que nós |
Mesmo não vendo nada em volta, nunca estamos sós |
Faço minha oração, peço força pro meu guia |
E que ele não me abandone nas lutas do dia a dia |